Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. – Ezequiel 36:26
E é exatamente disso que temos precisado atualmente.
Por quê?
Porque a nossa geração, a nossa sociedade, ou melhor, os indivíduos pertencentes a esse novo cenário hodierno, não são nem sequer parecidos com os da geração passada.
Novas, tribos, ideologias, pensamentos filosóficos e doutrinas têm inovado e dominado a mentalidade das pessoas e seus sentimentos, focalizando principalmente o jovem. Seja pelo fato de ser o seu principal produtor, ou consumidor.
No último final de semana, participei de um treinamento, e um dos palestrantes disse uma frase que me impactou muito, e me fez refletir sobre a necessidade de mudança e de atualização da Igreja. “Como pregar um evangelho que é tão absoluto, se as nossas verdades são tão relativas?” – Ariovaldo Jr.
Quem dará importância à Palavra da Verdade que pregarem, se as suas atitudes não forem verdadeiras, e verdadeiramente coerentes? Ou quem realmente irá entregar-se a Cristo, e o senhorio de sua vida a Ele, se pelo testemunho da Igreja não se pode enxergar a diferença real entre uma vida de santidade e uma vida de pecado? Não seria necessário mudar nada, já que o conceito de pecado e o de não-pecado estão tão instáveis e volúveis.
Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. – Gálatas 5:13
Precisamos de um transplante cardíaco. Nem digo que seria um transplante de cérebro, que ampliasse nosso entendimento, ou nos transformasse por sua renovação. Até porque a essência e o mandamento do Senhor é o compartilhar do AMOR verdadeiro, e não a difusão do PENSAMENTO mais correto ou adequado.
Um coração novo permitiria que nos amássemos uns aos outros não pelo o que enxergamos deles, ou pelo que fazem a nós, mas pelo o que Deus conhece, espera e tem como propósito para cada um.
Os problemas da Igreja desses dias, não são, de forma alguma, os mesmos problemas de antigamente, pertencentes à geração passada. Talvez alguns até já existissem, embora fosse em uma escala muito menor de incidência e generalização. E o que os torna mais prejudiciais e perigosos, é que o hedonismo, o egocentrismo e a valorização dos sentimentos próprios deturpa e vira do avesso a ideia de Deus de viver (ou morrer) pelo e para o outro, em favor de uma vida para mim, pelo o que me interessa, agrada ou beneficia, independente do que atinge ou fere o meu próximo.
“Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus.” II Coríntios 4: 10.12 e 15
A Igreja precisa dar um F5, para se atualizar.
Precisamos nos preparar para receber e AMAR as pessoas de novos perfis e tipos que Deus está chamando e levantando nesse novo tempo. Novas tribos, aparências, moda, beleza, personalidades, estilos, tendências e peculiaridades criadas pela multiforme graça e face do nosso Deus costumam chocar e impedir o propósito de Deus, e não devemos permitir isso.
E isso só será possível, quando o Corpo receber o novo coração vindo da parte de Deus. Não conseguiremos por nós mesmos, e muito menos sem o Médico dos médicos para nos operar. Teremos de dizer ADEUS ao velho coração, às velhas manias, hábitos, preconceitos, ideologias, concepções, teorias conspirativas, e por aí vai… Para somente assim, sermos receptores compatíveis com o coração do novo Doador.
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, (…) a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. Efésios 4:22 e 24
Deve começar de nós. A Igreja somos nós.
E é através de um transplante cardíaco, que teremos um novo coração, seremos segundo o coração de Deus, atentos e sensíveis aos outros, às suas dores e interesses, e não voltados para o nosso ventre, sentimentos e interesses individuais e egoístas, e não mais como antigamente, mas em favor de uma Igreja renovada, atual, e principalmente, preparada para esse novo tempo.
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Texto que publiquei no blog do Khronos.
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