Então, você se converteu. Recebeu aguinha no cocoruto ou quase se afogou, foi batizado no nome das três entidades supremas, lembrou todo script e conseguiu não escorregar.
Parabéns, você agora é um crente. Agora você pode pôr em prática tudo aquilo que, desde que começou a frequentar uma reunião/culto/comunidade, quis, pode provocar um rebuliço, e vai ser um avivamento maior que a trombeta em volta de Jericó.
E os anos se passaram. Você, de um novo convertido, agora uns quatro ou cinco anos depois, está lá, firme e forte, ao contrário dos que caíram, mas está lá. Vai para a reunião do seu grupo, ajuda na liturgia, faz uns parangolés de vez em quando, um evangelismo aqui, uma ação social ali, e vai seguindo sua vida pacata.
Quando alguém te pergunta qual seu sonho de igreja, você já sabe rápido responder. Um culto, bem organizado, com os instrumentos tocando louvores, e um grupo de vocais de fazer inveja a qualquer cantor lírico por aí. Você queria muito que todos os membros da sua comunidade fizessem as coisas pra Deus, porque elas são importantes, e que eles não fossem tão preguiçosos com as coisas de Deus assim. Seu desejo mais profundo é que todas as pessoas se concentrassem nas palavras do pregador, que seriam tão profundas e tão lindas que tocariam até o mais cético dos ateus, e, ao final, todos cairiam em prantos, levados pelo Espírito, e, ao final da reunião, que todos deixassem o prédio, e as cadeiras (ou bancos) da forma que encontraram – limpos e organizados.
Agora, pergunte a um recém convertido. Ou pelo menos tente se lembrar de como você responderia essa pergunta, caso alguém a tivesse feito, quando você ainda estava molhado do batismo.
Parabéns, você agora é um crente. Agora você pode pôr em prática tudo aquilo que, desde que começou a frequentar uma reunião/culto/comunidade, quis, pode provocar um rebuliço, e vai ser um avivamento maior que a trombeta em volta de Jericó.
E os anos se passaram. Você, de um novo convertido, agora uns quatro ou cinco anos depois, está lá, firme e forte, ao contrário dos que caíram, mas está lá. Vai para a reunião do seu grupo, ajuda na liturgia, faz uns parangolés de vez em quando, um evangelismo aqui, uma ação social ali, e vai seguindo sua vida pacata.
Quando alguém te pergunta qual seu sonho de igreja, você já sabe rápido responder. Um culto, bem organizado, com os instrumentos tocando louvores, e um grupo de vocais de fazer inveja a qualquer cantor lírico por aí. Você queria muito que todos os membros da sua comunidade fizessem as coisas pra Deus, porque elas são importantes, e que eles não fossem tão preguiçosos com as coisas de Deus assim. Seu desejo mais profundo é que todas as pessoas se concentrassem nas palavras do pregador, que seriam tão profundas e tão lindas que tocariam até o mais cético dos ateus, e, ao final, todos cairiam em prantos, levados pelo Espírito, e, ao final da reunião, que todos deixassem o prédio, e as cadeiras (ou bancos) da forma que encontraram – limpos e organizados.
Agora, pergunte a um recém convertido. Ou pelo menos tente se lembrar de como você responderia essa pergunta, caso alguém a tivesse feito, quando você ainda estava molhado do batismo.
Sua resposta (ou a da pessoa) seria algo totalmente diferente – sobre uma igreja que revelasse a multiformidade do espírito, que trabalhasse e envolvesse a comunidade, que as pessoas que se sentam ao seu lado do banco estivessem num dia na sua casa, no outro fazendo aquele sopão, no terceiro construindo casas, no quarto dia rindo e conversando, e que tudo aquilo fosse uma coisa cíclica, não combinada, mas natural. Que um fim de semana, todos juntariam em carros, ou até mesmo alugariam uma van, e iriam pra algum lugar da cidade, em cidades vizinhas, pregar, orar, ler, conversar, e porque não, abraçar mendigos, dar um sorriso aos trabalhadores, ir a hospitais, distribuir presentes, são tantas coisas – juntar todos, de várias igrejas numa praça pra… conversar, rir, comer, beber, todos juntos, num Reino e de repente o seu sonho, perto do desse cara, é uma merda.
Ele sonha com uma igreja que, pombas, se aproxima muito mais do modelo cristão que você. Mas por quê?
O que aconteceu com seus sonhos, com seus desejos, porque tudo que você faz agora é simplesmente o óbvio? Por que se contenta com essa vida?
Você, meu caro amigo gospel, foi domesticado. Te ensinaram que é assim, porque tem que ser. Você vai a um prédio semanalmente, sabendo que aquilo não é igreja, pra ouvir que aquilo não é igreja e, viver o resto da semana uma vida que não é igreja.
Então você vai à não-igreja, pra não ser igreja no domingo, nem nos outros dias da semana.
Que bom, hein campeão. E são os não-convertidos que são uma contradição em si mesmos?
Ele sonha com uma igreja que, pombas, se aproxima muito mais do modelo cristão que você. Mas por quê?
O que aconteceu com seus sonhos, com seus desejos, porque tudo que você faz agora é simplesmente o óbvio? Por que se contenta com essa vida?
Você, meu caro amigo gospel, foi domesticado. Te ensinaram que é assim, porque tem que ser. Você vai a um prédio semanalmente, sabendo que aquilo não é igreja, pra ouvir que aquilo não é igreja e, viver o resto da semana uma vida que não é igreja.
Então você vai à não-igreja, pra não ser igreja no domingo, nem nos outros dias da semana.
Que bom, hein campeão. E são os não-convertidos que são uma contradição em si mesmos?
Não deixe que a estrutura mate seus sonhos. Não deixe que homens abalem o que você acredita que Deus pode fazer. Se Cristo quis dizer alguma coisa com “seja como esses pequeninos”, com certeza foi: não seja idiota como um realista.
Fonte: Abigobaldo, no blog dele.
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